Netanyahu apresenta plano para acabar com o Hamas com ofensiva militar e nova administração em Gaza

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu apresentou um plano para desmantelar o Hamas e encerrar o conflito na Faixa de Gaza. A proposta, aprovada pelo gabinete de segurança de Israel, prevê uma operação militar de quatro a cinco meses, com foco inicial na ocupação da Cidade de Gaza, maior centro urbano do enclave palestino. A estratégia inclui a retirada forçada de civis palestinos dessas áreas para o sul, seguida por uma ofensiva terrestre e cerco à cidade, com o objetivo de desarmar o Hamas, libertar os reféns em poder do grupo e desmilitarizar a região.

Netanyahu afirma que a medida visa libertar a população local do "horrível terror do Hamas", mas nega qualquer intenção de manter o controle governamental sobre Gaza após a guerra. Segundo ele, o plano prevê a instalação de uma nova administração civil que não esteja vinculada nem ao Hamas nem à Autoridade Palestina, mas que aceite a existência de Israel e atue sob supervisão de segurança israelense — possibilidade que inclui forças árabes. Para mitigar a crise humanitária, o governo israelense promete criar abrigos para os deslocados e fornecer ajuda fora das áreas de combate.

Os cinco princípios definidos pelo governo de Israel para o pós-guerra são claros: desarmar o Hamas, garantir o retorno de todos os reféns, desmilitarizar Gaza, manter controle de segurança israelense na região e estabelecer uma nova administração civil sem ligação com os atuais grupos de poder. No entanto, o plano enfrenta resistências internas e críticas internacionais. Familiares de reféns e parte da cúpula militar israelense expressam preocupação com os riscos da operação e seus impactos humanitários. O Hamas, por sua vez, rejeitou a proposta, classificando-a como crime de guerra e prometeu manter a resistência.

A nova etapa do conflito representa um momento decisivo na tentativa de Israel encerrar um ciclo de violência que já dura quase dois anos. A execução desse plano poderá redefinir o futuro político e social da Faixa de Gaza, enquanto o mundo acompanha com apreensão os desdobramentos.