Renato Meireles lamenta reprovação de emendas que limitavam aumento de diárias para alto escalão da Prefeitura de Guarabira

Na sessão ordinária desta quinta-feira (5), a maioria dos vereadores da Câmara Municipal de Guarabira votou contra as emendas propostas pelo vereador Renato Meireles (PSB) ao Projeto de Lei 19/2025, enviado pela prefeita do município. O projeto trata do aumento das diárias de viagens para membros do alto escalão da prefeitura.

Entre as emendas rejeitadas, uma delas impedia que a prefeita alterasse os valores das diárias por decreto, sem a necessidade de aprovação da Câmara. A outra propunha a manutenção da regra atual, que exige o mínimo de 24 horas de deslocamento para o pagamento da diária integral, além de evitar reajustes para servidores com salários elevados.

O texto original do projeto propõe uma série de mudanças consideradas controversas. Dentre elas, está a redução do tempo mínimo de deslocamento para apenas 8 horas para receber o valor integral da diária. Um dos reajustes mais expressivos pode chegar a 128,57%, elevando o valor pago aos secretários de R$ 350 para R$ 800.

O vereador Renato Meireles lamentou o resultado da votação. “Infelizmente, o que vimos hoje foi a garantia de privilégios e a negação da fiscalização. Minhas emendas buscavam impedir abusos e proteger o uso justo do dinheiro público. Enquanto a gestão quer aumentar o valor das diárias, os servidores da saúde não recebem o dinheiro do antigo Previne Brasil; cortaram a gratificação de servidores; as crianças especiais estão sem cuidadores na rede pública municipal; não foram entregues fardamentos e nem material escolar; a saúde continua sem exames, sem médicos e sem medicamentos”, declarou.

Apesar da rejeição das emendas, o projeto ainda não foi votado em definitivo e deve retornar à pauta da Câmara na próxima terça-feira, dia 10. Meireles reforçou a importância da mobilização popular: "É fundamental que a população participe, acompanhe, cobre ao seu vereador. A luta pela transparência e pelo uso responsável dos recursos públicos continua."